manifesta em todos os momentos da socialização de um punk. Na roupa
que veste, nos seus adereços, nas inscrições que grava nas ruas, nos seus
poemas, informativos e na música e o próprio uso dos objetos, a forma como
os produzem e os fazem circular portam significados.
estética punk que extrai do lixo, da desesperança a sua linguagem. Tudo isto
faz parte inclusive, da apresentação do visual punk que transforma o corpo
em arte, mas não em arte burguesa, um corpo que passa por uma plástica
letal, é o corpo-lixo, resto, que se destaca na paisagem, se arrasta com
sua "magreza" cadavérica, sua palidez, seus trajes sujos e incomuns e que
nesta fantasmagoria de seres mortos/vivos incomodam quando invadem
o espaço limpo da burguesia, com seus modos rudes e sarcasmos.
o punk avança em relação aos demais movimentos sociais contemporâneos no que diz respeito à
proposta de fazer da política uma experiência de todo dia, de fazer da privacidade
do ambiente doméstico o ponto de partida da política e de com
isto, deslocar a política do Estado como lugar privilegiado.
Ivone Cecília D’Ávila Gallo
(livreto) Punk: Cultura e Arte
...esse livreto é sobre a ocupação/squatt POMBA NEGRA que tinha em campinas/SP...
http://www.4shared.com/file/DB4lhZCP/Punk_-_cultura_e_arte.html