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quarta-feira, 28 de maio de 2014

...quebrado em pedaços...



Invadindo minha casa
Criaram minha sentença
2 gramas de pó
Misturados a álcool e maconha
Eu fui pego ausente
Fui interrogado
Com os amigos drogados

Eles perguntando a mim meu nome
 e possivelmente a quantidade
Eles perguntando a residência
A onde costumo guardar
Eu não desejo contar nada a ele
Assim ele chuta-me na cabeça
Sou socado no rosto
Meu sangue escorre em minha face

Pego no quintal
Na segunda de manhã
Com metade de duas já na mente
Eu fiquei na cadeia
Eu fiquei quebrado em pedaços
E esse cara, não quer me conceder a fiança 


como você escreve cidade? m.e.r.d.a.




...enquanto caminha
tudo mudou, nada é o mesmo
a cidade,
é apenas uma lata de lixo, uma lata grande
e a lata está cheia a tanto tempo,
que não há mais espaço para o "nosso" lixo, para nós
basta andar pelas ruas
ande pelas ruas durante o dia ou noite,
e espere
não há nada a fazer, só andar pelas ruas
e esperar...
como você escreve cidade? c.i.d.a.d.e.
não, não, não, não, não,
se escreve m.e.r.d.a.

...

sábado, 24 de maio de 2014

...e se o punk morreu nós somos a vingança... ZINE #


Evoluímos sempre, vivemos hoje e não o passado, mas a  essência do punk permanece a mesma, se você quer ; você faz, mas se você faz por exemplo patchs e vende, você não esta vivendo a cultura punk você esta vivendo DO punk.....não se vive do punk se vive para o punk! Tem punk que não é  muito bom ,nas artes...mas quem tem o mínimo de sentimento sincero ao punk vai com certeza se virar pra produzir seu próprio material, não é pra ser bonito, é pra ser sincero, produção não é só visual e banda, nenhum material vale mais ou menos que outro, d.i.y por d.i.y, , o que vale é a por em pratica o faça você mesmo e a ruptura do capitalismo/conformismo. Se pessoas começam a comprar, se torna sim um comercio dentro punk...Mas pelo visto nem todo mundo consegue compreender, deve parecer um grande absurdo pra eles dizer que material punk não se comercializa, será que é tão difícil as pessoas colocarem em pratica o D.I.Y. ? as pessoas ficam MUITO assustadas quando dizemos NÃO A COMERCIALIZAÇÃO DE MATERIAL DENTRO DA SCENE tudo e vendido hoje em dia, nas próprias  gigs/eventos ate na internet , isso sim é assustador.
Me pergunto porque preferem ser dependentes das produções de outras pessoas, ao invés de serem independentes nas questões D.I.Y . Porque vocês ao invés de comprar ou de ficarem pedindo, não fazem ? quer um patch que alguém  já tem a tela/estêncil , produz outro material e TROCA !é tão difícil pegar um pincel, uma tinta e um pedaço de pano e produzir seu próprio visual? É tão difícil procurar na internet como produzir um estêncil e fazer sozinho ao invés de ficar de papo furado no facebook ? è tão difícil expor suas próprias ideias? Se não consegue se expressar, porque bate  no peito pra dizer que é punk ,e fica usufruindo da produção e da expressão de terceiros se você não é capaz de mostrar suas próprias convicções!?
Quando você faz você mesmo, incentiva a as pessoas a fazerem o punk acontecer nos seus cotidianos, a produzirem, eu sempre digo que o DIY não é só você costurar seus patchs, é muito mais que isso!

O punk não é uma limitação, é expansão...  diversifique, crie...


Viva o punk, não viva do punk.

*PRIMEIRO ZINE QUE ESTOU FAZENDO COM A MINHA COMPANHEIRA... TEXTOS SOBRE: 
-FAÇA VOCÊ MESMO (ESSE TRECHO AI EM CIMA É UMA PARTE)...
-PUNK ANTI-SKINHEAD/SHITHEAD...
-TEXTO DE ADRIENNE DROOGAS (EX-VOCALISTA DE BANDAS COMO SPITBOY E AUS-ROTTEN)...
-SOBRE MACHISMO EM AMBIENTES UNDERGROUNDS....
-CONTO DE GUERRA... 
16 PAGINAS E MUITAS COLAGENS E DESENHOS... QUEM TIVER AFIM ENTRE EM CONTATO PELO BLOG OU NO E-MAIL AO LADO...

*SOMENTE TROCAS, NO FAÇA VOCÊ MESMO E DE PUNK PRA PUNK
NÃO NOS INTERESSAMOS POR QUANTIDADE E NEM VALORES...

FAÇA PELO PUNK PORQUE ELE NÃO FAZ POR VOCÊ...

...NÃO REPRODUZA CLICHÊS... OS DESTRUA...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Aus-Rotten – The Second Rape



A cada 45 segundos uma mulher é estuprada 
Nossa cultura sexista não permite escapatória 
Este crime violento está longe de ser raro 
Quando a taxa de vítimas é de 1 entre 3 
A sociedade condiciona homens a serem estupradores 
Ação perpetuada por nossa indiferença 

Com um linguajar desprezível que tende a desumanizar 

Tornando fácil o homem se transformar em vítima 
Além das imagens 
pornográficas que ajudam a retratar 
A mulher como uma presa sexual 

Quando o sexismo está presente em nosso sistema judicial 

Não é surpresa que os tribunais não ouvirão 
E os papéis de agressor e de sobrevivente se tornam distorcidos 
Então a maioria dos estupros nunca são denunciados 

A ameaça do estupro sempre está em volta 

É como um veneno que satura o ar 
Uma sociedade atingida por uma doença cancerígena 
Onde os homens sabem que podem fazer o que quiserem 

Então me diga qual a punição para o estupro 

Então me diga quanto tempo de prisão será necessário 
Quando uma entre três mulheres serão estupradas 
Me diga o que será necessário 

Você me vê com minha blusinha 

Ou salto alto ou minissaia 
Você diz não resistir ao seu instinto predador 
Me diga por que sou culpada 
Me diga por que quando sou agredida e abusada, 
Quando é meu corpo que é estuprado e desonrado, 
Me diga por que sou eu quem está em julgamento 

Advogado de defesa: Você conhece o 

homem que "supostamente" te atacou? 
Vítima: Sim, eu conheço o homem que me estuprou. 
Advogado de defesa: E este senhor não é um amigo seu? 
Vítima: Bem, eu achava que ele era um amigo meu. 
Advogado de defesa: E você tinha bebido naquela noite que ele "supostamente" te atacou? 
Vítima: Eu tomei um ou dois drinks, isso é um crime? 
Advogado de defesa: Eu faço as perguntas, se você não se importar! 
- O que você estava usando? Como você reagiu? 
Vítima: Meu guarda-roupa não é um convite para que um homem me ataque. 
- Eu não agi de qualquer forma que fizesse com que isso acontecesse. Porque estou sendo julgada? 
O que eu fiz de errado? 
Advogado de defesa: Você pode dizer ao júri porque permitiu que isso acontecesse? 
Vítima: Eu estava em estado de choque. Não conseguiria tê-lo impedido. 
Advogado de defesa: Você alega que foi estuprada, mas como saberemos? 
Vítima: Eu disse não, eu disse não! Eu disse não, não, não! 
Advogado de defesa: Não é verdade que você é apenas uma mulher rejeitada? 
Vítima: Sou uma mulher que foi estuprada e dilacerada. 
Advogado de defesa: Meritíssimo, peço que esse caso seja anulado, tudo se resume a palavra dela contra a 
dele! 
Eu posso não ter feridas por todo o meu corpo 
Eu posso ter bebido um pouco na festa 
Mas quando eu fui para o quarto dele nunca poderia adivinhar 
Que ele forçaria o meu não a significar sim 

Me diga por que eu sou culpada desse crime 

Me diga por que a responsabilidade é toda minha 
Quando as mulheres sofrem um segundo estupro durante julgamento 
O tribunal ajuda os estupradores a violar e corromper 


domingo, 11 de maio de 2014

Mendigos - Párias ou Heróis da Cultura

Qual a sua profissão? Nenhuma.  Desculpe eu quis dizer “modo de vida”, de “sobrevivência”, de “ganhar a vida”.  Ah, ah, ah, as palavras sempre atrapalhando o mundo não é? Veja bem: eu não tenho um “modo de vida”, eu não sobrevivo e nem “ganho a vida”. Eu simplesmente me deixo ficar a margem e a beira de tudo. Sou como uma lesma amassada contra a parede... posso permanecer meses e até séculos lá, sem alterar meu gesto, sem com que isso o mundo altere uma virgula de sua inutilidade...



O capital, a riqueza, a escolaridade, a estética, as maneiras de bem viver e a finesse aristocrática simulada por grande parte de nossos diplomatas, ministros, presidentes e outros caipiras do gênero, não suporta nem por um minuto o olhar de um desses lobos desgarrados que, com suas mãos idênticas às garras de um javali, remexem a porcaria das patentes, as sobras das mansões, o lixo que desce pelo ¨esôfago¨ dos luxuosos edifícios onde habita a sociedade "sóbria" e "trabalhadora".

Mendigos: Párias ou heróis da cultura? II. (Reedição de livro, p. 45)
Estamos definitivamente numa estação de pau-a-pique em que as noites chegam sinistras, repletas de profecias e de relâmpagos, de lampiões moribundos prestes ao desaparecimento. Matilhas de famintos, a filharada de Caim, espectros e vultos fedorentos que se esgueiram sisudos sob as àrvores e junto às muralhas murmurando obsessivamente as duas últimas linhas do badalado verso de Baudelaire em favor de nosso errante diabólico:

Cheiro de querozene, piolhos e pele descamada. Trazendo um Caim, um Drácula e um Frankenstein sepultados dentro de si a escória vem marchando da escravidão do latifundio para as vilas e para as cidades em busca de restos de comida, de uma bala perdida ou de um Serial Killer. Gira em aspiral ao redor de si mesma, dos muros citadinos e pelas cercanias das magestosas catedrais e de seus campanários farejando um esconderijo onde cuspir, vomitar e cagar sua exclusão, sua lepra, sua esquistossomose e principalmente sua feiúra que nada neste mundo dissipará. Tudo infinitamente mais grave do que a velha e sectária idéia de luta de classes. Descobre as marquises e os fundos de terrenos baldios e se resigna sob o estigma da escória cainesca, da maldição metafísica transmutada em maldição social. Com a tatuagem de uma víbora na garganta é a autêntica obra divina arrastando
as tripas de lá para cá enquanto, com olhar súplice, roe sua culpa e soleniza sua longevidade.
Réplica e clone de tudo o que é abominável, de tanta miséria, penúria e escassez, não tem
competência nem forças para, como sugere Baudelaire, pelo menos subir aos céus e enxotar de lá o Criador. A cada anoitecer se amontoa como pode a espera de que alguém da janela vizinha lhe aponte uma espingarda ou que alguma estrela vagabunda despenque sobre seu crânio e coloque um fim ao seu flagelo e ao seu único crime, o de haver resistido aos nove meses uterinos e o de haver nascido.

Mantendo a distancia conveniente, observo o traste que com seus olhinhos esverdeados de coruja descansa numa escada do jardim e apodrece – como diz Derrida – entregue à voracidade roedora, ruminante e silenciosa do animal-máquina com a sua lógica implacável.[3] De tempos em tempos beija uma cruz que leva amarrada ao pulso e resmunga uma oração breve, de apenas uma ou duas frases.
De onde advém essa paixão humana pela ficção? Pobre diabo, não teve ainda a capacidade de compreender que um deus que coloca uma doença no corpo de um crente – parafraseando a Bret Harte – certamente não se comoverá com suplicas e com orações. A barba, os cabelos, as sobrancelhas e os pêlos que emergem de suas narinas e de seus ouvidos parecem ter a função de ocultar um teorema ou a tal “marca de Caim” que está em todas as partes desse corpo condenado, como um sifão, à precariedade.

http://eziobazzo.blogspot.com.br/2009/10/mendigos-parias-ou-herois-da-cultura.html

O dragão pousou no espaço

O dragão pousou no espaço traz sete histórias clínicas de pacientes com distúrbios psiquiátricos tratados por Wanderley tendo como filosofia a terapia baseada nas experiências de Lygia Clark. Esta acreditava no poder de uma arte interativa e plurissensorial, capaz de reconstruir o mundo por meio da sensibilidade, reinventando a relação original entre arte, espectador e ciência. Nesse contexto, não existe, portanto, nem o espectador (chamado de participante) nem objeto, mas sim uma confluência sensível que anula o mito do criador e abre a consciência para um novo plano de apreensão da vida.

Lygia, a princípio, atuou de maneira interdisciplinar, aliando a linguagem clássica da psiquiatria à criação dos objetos interativos num método alternativo. Mais tarde, desenvolveu uma terapia independente, que chamou de Estruturação do Self. Os Objetos Relacionais, ferramentas da Estruturação, eram instalações táteis, móveis, manipuláveis, de simples execução, com diferentes texturas, formatos e cores, aplicados no corpo do paciente, e que estabeleciam uma oportunidade de contato simultâneo com o mundo interno e externo. Os resultados, dos quais Lula extrai considerações que reforçam a idéia de uma psiquiatria mais participativa, são animadores do ponto de vista clínico.

A arte, portanto, pode ser eficaz na cura dos distúrbios, na medida em que o espectador–paciente sai da condição passiva e ajuda na criação de uma linguagem orgânica que revela a natureza da realidade. Os Objetos Relacionais proporcionam uma nova dimensão que toca a subjetividade e a fantasia, recondicionam a percepção e conseqüentemente melhoram a condição social do indivíduo que se submete à Estruturação.

Nesta obra, Lula explica detalhadamente os princípios da terapia, num estudo não-acadêmico, ilustrado com depoimentos reais e poemas dos pacientes, colhidos em nove anos de anotações espontâneas dos tratamentos que ministrou, além de descrever os avanços do seu trabalho. chamado Palavragesto e o processo de criação do Espaço Aberto no Tempo, uma clínica para doentes mentais mantida por ele e demais psiquiatras.

EXÍLIO NA ILHA GRANDE


Prisões arbitrárias, exílios e torturas infindáveis. Esse era o universo instalado no Brasil pela ditadura militar, iniciada com o fatídico golpe de 1964. Várias foram as vítimas. Muitas delas denunciaram as ações de seus algozes por meio de relatos fantásticos e dolorosos em certo aspecto. André Torres, através do livro Exílio na Ilha Grande, faz o mesmo, sem se preocupar em citar nomes, mas descrevendo fielmente a duríssima vida em Ilha Grande, onde estava preso como rebelde subversivo. A descrição não se resume aos seus pares de carceragem ou aos pátios tristes das celas na ilha, mas também de seus arredores, externamente. A mata fechada que cercava impiedosamente a detenção e o mar, demasiadamente abarrotado de cações sanguinários – pior das barreiras naturais impostas aos pretensos fugitivos da ilha – os separavam do continente. Pior. Ainda havia os moradores nativos, que não relutavam em contribuir com o aparelho, denunciando – e em alguns casos, espancando – os fugitivos. Por fim, existia o medo do castigo por parte dos carcereiros. Como se vê, as adversidades para a concretização de uma fuga bem sucedida eram muitas.
Todavia, cheio da impavidez da juventude, o protagonista resolve arriscar. E não foi a primeira vez. A diferença e que agora, pareceu dar certo. Fugiu aos trancos e barrancos, suportando adversidades inimagináveis, o que lhe enchia ascendentemente de orgulho e coragem. A prova de fogo foi a perigosa travessia do mar rumo ao continente. Agora, naquela ocasião, os inimigos deixaram de ser os carcereiros, passando a ocupar tal posto os vorazes cações. O jovem se safa. Chega ao continente onde conhece um grupo suspeita.
A saga de André não pára aí. Torres mantém a sua postura rebelde, o que gera uma continua tensão nas páginas do livro. 

Se Me Deixam Falar

O livro "Se Me Deixam Falar" faz juz ao nome ao retratar a vida de Domitila, mulher, pobre, descendente de indígenas e esposa de um minerador, durante a ditadura militar no interior da Bolívia.

Os mineradores dessa época recebiam uma casa de dois cômo
dos para morar com a família, independente de quantas pessoas fossem, eram também obrigados a comprar os alimentos e utensílios da própria empresa em que trabalhavam, uma completa injustiça com aqueles que movimentavam a economia do país. Com o regime militar a situação piora, já que qualquer demonstração de indignação é duramente reprimida. As doenças entre os trabalhadores eram comuns, sendo a principal o "mal da mina", doença respiratória causada pela falta de equipamento de proteção e pelo excesso de poeira.
Domitila tem uma infância difícil, mostra uma força sobrenatural ao resistir à violência física e à pressão psicológica sem abandonar seus ideais e qualidades. Como os maridos trabalhavam o dia todo e as mulheres ficavam responsáveis pelas "casinhas" e os filhos, foi organizado um sindicato das donas-de-casa, que permitiu a elas discutirem e repensar a situação de exploração em que viviam, tirando ali, movimentos contra a empresa.




A Revolta da Chibata

O livro do jornalista Edmar Morel, A Revolta da Chibata, é baseado na coleta de documentos, relatos de João Cândido, marinheiros e oficiais da Marinha, remonta a saga dos marujos que aboliram a chibata dos navios brasileiros. Levou dez anos para ser concluído, foi publicado pela primeira vez em 1958.


A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910.  
Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.
Causas da revolta 
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.
   O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.
   O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de janeiro (então capital do Brasil).
   Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos forçados na produção de borracha. 
   O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.
   Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da Republica. Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.


...lá estava o último soldado...

A noite era fria, sentado na beira do lago, esperando chegar a tempestade que se aproximava com voracidade, a esperança não sei se ainda fazia parte dos seus sonhos; Talvez ele esperasse dignidade ao menos na hora da sua morte, sem saber ao certo, virou-se à direita e fixando os olhos no crânio ao seu lado, buscava explicação para a dor que já não sentia, tinha em punhos sua inseparável e cortante baioneta, faltavá-lhe coragem para cravá-la ao próprio peito, não havia mais tempo para sorrir ou escapar, sentado ele clamava pelos dias em que ainda existia a vida humana!
Lá estava o último soldado, o último ser humano, rodeado por ossos de seus companheiros e inimigos, chorou ofegante até o último momento de sua existência, foi a última lágrima humana que se teve conhecimento e do último sorriso: não há lembrança!



quinta-feira, 8 de maio de 2014

...o berro PUNK , Resistindo e vivenciando a CONTRA-CULTURA marginal!!!

..somos a sobrevivência do que ousam chamar de miseráveis, o lixo do subúrbio, somos os sentimentos expostos, o câncer da sociedade, sentimos o ódio em nossos corações e a vontade de gritar bem alto. Somos o reflexo desse mundo miserável, discartamos toda a ilusão poética e perspectivas de um futuro melhor, queremos viver o hoje e o agora e não tentar mudar um futuro que é inexistente...

...acontecimentos e idéias, resistindo como nunca, seguimos com a proposta de sempre, cru, sincera e combativa, abordando a CONTRA-CULTURA, vivendo autenticamente e intensamente o PUNK. Expondo nossas idéias encaramos sem esperança o futuro, criando nossa cultura subversiva, fugindo totalmente dos padrões estéticos, sociais e sociáveis, expondo nosso real sentimento dia a dia, fazendo valer nosso sentimento pelo PUNK, incomodando e respirando o PUNK a cada segundo!!




...é noite, é tempo de caos, estilhaços de ódio vão rolar, sons e idéias, são segundos de caos. Nós somos as pestes negras, vivenciamos e sentimos fúria, angustia e desejos, “não” somos vitimas do caos, mas estamos rasgados pelo caos que aqui se transformou! E essa diarréia que não para....    


...as ruas, as calçadas, as esquinas, são a nossa religião. O PUNK como marginal (de margem), é que traz outros meios de se expressar e propõe a destruição dos valores existentes, através da revolta e da negação constante...