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sábado, 22 de novembro de 2014

Intoxicação Religiosa

...uma sociedade que acredita mais em um deus imaginario do que em seu vizinho com quem esbarra todos os
dias, uma sociedade intoxicada de crendices "primitivas" e misticismos "baratos" que possuem peso de lei...

Ver todo Mal, ouvir todo Mal e resistir a todo Mal

"temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes
quando nossa igualdade nos descaracteriza."

Boaventura de Souza

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Triste Imagem

e é de se admirar esse tal mundo novo
o robô não é feito mais de lata
a maquina tem cerebro e é de carne e osso

Aero venena

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

" COM AMOR É MAIS CARO


Simples assim. Como uma vítima de abuso, uma prostituta voluntária (de mau-grado), tanto fazia. Augusta somente recebia as ordens e as obedecia passivamente. Se permitia ser tocada em cada zona proibida do seu corpo; a sensação era boa, pelo menos. Augusta ofegava, gritava, gemia, reagia a cada carícia e a cada violência com uma exaustão satisfatória. E ria, sussurrava, se contorcia, mordia forte os lábios, sendo agradável aos sentidos mais perversos. Claro que protegia, porém, as partes mais íntimas: que nunca se aproximassem do seu coração, pelo amor de Deus; que ela tinha uma pele forte, uma carne firme, mas seu coração não. A casca endurecida dele era finíssima, como uma folha de papel, e resistente apenas na aparência. Augusta sangrava facilmente. Augusta tinha uma alma em frangalhos e uma mente corrompida. Que a tocassem, então; que a usassem como costumavam fazer. Ela gostava. Não que esse gostar queira dizer que não doía, que ela não chorava. Doía. Augusta chorava.
Era a obrigação dela se divertir. Era a escrava da alegria e do bom-ânimo, que sorria para os garotos e garotas bonitas nos corredores escuros e os induzia a lhe pagar uma ou duas doses, acender seu cigarro. Augusta se recostava à parede, umedecia os lábios entre uma tragada e outra; ou sentava-se ao chão, a garrafa de cerveja entre as pernas de índio. Nunca era a mais bonita da festa, disso ela sabia, mas ela estava ali. Podia iludir-se com a sensação de ser boa, de ser desejada por alguns segundos, mesmo que em segundo plano. Fechava os olhos enquanto beijava um imbecil ou outro e fingia que aquele era um rapaz adorável, que ela o queria, que ele a adorava, que eles sairiam dali com as mãos dadas e talvez ele até enviasse uma mensagem na manhã seguinte. Augusta era uma sonhadora boba, dolorida e substituta. 
Se deixava levar para algum canto mais escuro, era consumida pelas sombras, por um desejo efêmero, um prazer imediato, sabendo que diriam horrores sobre ela. Mas Augusta também pensava horrores sobre ela mesma, e era isso que ninguém sabia. E era isso que doía tanto. 
Mas tudo bem, ela era uma menina (uma menina, não uma mulher, mesmo que ninguém percebesse) bem prevenida. Levava sempre na bolsa: um maço de cigarros, o bilhete do ônibus, camisinha, algum dinheiro, as chaves e uma máscara de falso amor-próprio. "



domingo, 16 de novembro de 2014

A ordem não é absoluta

estão nas favelas e nas ruas, são os desempregados crônicos, aqueles que foram expulsos da
esfera do trabalho por estarem “desatualizados”, ou que não têm mais para onde ir, pois não
podem mais seguir o fluxo de imigração para países que exploração de mão de obra estrangeira.
São os mendigos, os loucos, os pobres, os drogados, aqueles que fogem do padrão da
sexualidade, são todos os que estão fora da construção da ordem, são os que realizam
o contrário, que desfazem a ordem, que dão indícios de que ela pode ser quebrada ou de
que ela não é absoluta.

há uma nova forma de exclusão, a forma que advém particularmente da globalização: a
exclusão do não-consumidor. Aquele que não consome já não é parte do esforço de
construção da ordem, já que a ordem tem lugar cativo para os grandes consumidores,
para os gastadores compulsivos e para aqueles que querer “exercer sua liberdade” por
meio do consumo de serviços e produtos que demonstrem suas escolhas em todas as esferas
da vida. Os que não consomem não podem ficar no espaço social.

O não-consumidor é o novo estranho, o ambivalente, aquele que não pode ser localizado em
nosso mapa cognitivo, que, na verdade, atrapalha seu funcionamento, que mostra suas condições
errantes, sua incapacidade de abarcar o todo. Esses estranhos são absorvidos e
“domesticados”, ou completamente eliminados. O novo racismo não é o da caça e da morte
do estranho, mas é o da separação e da “culturalização” da essência.

Agora não se trata de uma essência biológica, mas de uma essência cultural.
Os novos racistas imputam uma cultura fixa a cada grupo específico e promovem a
separação total destas, as hierarquizam de maneira que o branco “tem a cultura superior”.

a tática de absorver e domesticar não é menos autoritária que a prática dos regimes
totalitários de morte e exclusão. Para ele, a destruição daquilo que é a identidade do
sujeito é um movimento autoritário e forçoso de eliminação do sujeito. Como não se pode
mais matar, então é necessário ter ambientes certos para a absorvê-lo e reeducá-lo, como
a escola, a igreja, ou as prisões e as favelas. É necessário normatizar o estranho.

Em nossa época, o medo se espalha como uma malha infinita. Os meios de comunicação tem
um papel privilegiado, pois transmitem os objetos do medo de forma mais rápida e brusca
que o próprio objeto poderia se transmitir, vide a Al-Qaeda após o 11 de setembro.
É na televisão onde os programas telejornalísticos banalizam os medos e, ao mesmo tempo,
fazem vibrar o alarme da “violência local” e da “violência global”.

uma das formas de exercer o poder eficientemente é controlando as incertezas.
O grupo que controla as incertezas, que detém o controle da decisão e que, por sua vez,
prevê todos os movimento sem ser previsto por nenhum outro grupo, este grupo consegue,
também, decidir em quais momentos a sociedade deve ter medo (como nos Estados de Sítio
eternos) e quando deve ficar calma e pacífica, como nas tentativas neoliberais de acalmar
a tensão entre os miseráveis garantindo que poderão ascender na hierarquia social, desde
que trabalhem o bastante para isso.

segurança é aquilo que constitui o sujeito, a segurança (e a insegurança) são inscritas no
sujeito em toda sua socialização. É algo que forma o sujeito. Isso significa que a segurança
tem a ver com algo que nós não escolhemos, mas que é a base para nós escolhermos outras
coisas. Somos inseguros quando checamos o celular de nossos parceiros para saber se estão
nos traindo. Já a proteção tem a ver com aquilo que você compra ou acumula para guardar a
integridade física. Proteção são câmaras, coletes à prova de balas, bunkers e etc e etc.

A futilidade, o consumismo e a incerteza são constitutivos e devem ser combatidos sabendo
que eles fazem parte de nós...

Zygmunt Bauman


Ela é o que faz o sangue ferver... gritando a flor da pele!


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

publikação oküpa pé diy kabra



Nós destruidores? E estes automóveis perguntamos?
Vamos na raiz do assunto.

Deste mundo plastico sustentado a base de destruição do mundo natural, da escravidão de tudo que é vivo numa corrida suicida de edificação deste pesadelo vivido por todos e tudo que ilumina esta noite.
Pesadelo forçado através de uma maneira de viver em hostilidade, hostilidade com a terra, com todos animais, entre seres humanos. E como não seria diferente o luxo e a miséria são antagônicas, desprezam o equilíbrio. A sociedade que nada mais é que este amontoado humano que formamos, está assentada numa declaração de guerra, pondo a vida de todos e tudo a serviço do funcionamento de um sistema que alimenta o engorde de alguns parasitas que habitam escritórios, gabinetes, templos, telas de TV, ambientes climatizados, legalizados por suas leis, defendidos por sua polícia e seus obedientes cidadãos.

... com o espetacular desenvolvimento e assim são todas as cidades com as luzes o fuscantes do capitalismo industrial atropela cada vez mais vidas, sonhos e ecossistemas.
Pressa, pressa, pressa, pressa para produzir mais e mais, cava todos os leitos de rio, perfurar todos os cantos da terra, derrubar a mata, plantar eucaliptos, pinhos, alimentos envenenados.
pressa para fazer cimento, hidroelétricas, estádios de futebol, estradas, carros, nosso pesadelo.
Não contem com nós.
Jamais haverá paz no transito! jamais haverá paz nessa maneira de viver!

Filhxs da rebeldia irmanadxs no ódio a este pesadelo.

* 16 paginas, capa silkada, textos sobre: estrutura e natureza da propriedade, entrevista com coletivo Tranca Rua, importância dos espaços coletivos, Centro Social Okupado e Biblioteca Sacco Y Vanzetti, ação anarquista vivenciada no mexico nos últimos tempos, Okupa Y Resiste...
DOWNLOAD:
http://www.4shared.com/rar/PjTft2Vxce/publikao_okpa_p_diy_kabra.html? 

Disponível para trocas, de quem faz pra quem faz!!
Faça tu mesmx ou morra!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Distribuidoras ou lojinhas?


sobre material.

               Distribuidoras ou lojinhas?

Ao ouvir a palavra distribuidora, me vem a cabeça, cooperativas para a difusão da cultura
PUNK, no meio PUNK.
Quer dizer, na troca de zines feitos pelos mesmos, projetos anti-musicais, jornais, videos,
materiais de expressão subversiva. O objetivo é a troca de informações, a expansão, os
meteriais circulando, e nunca o lucro, como vejo por aqi (comerciantezinhos travestidos de
alternativos subversivos).
Várias distros, ontem e hoje obtém lucro em cima de produções de outras pessoas, como gravação
em cd-r (mas tbm em k7, zines, livros, camisetas) que tem custo de R$1,00 a R$1,50, o vejo
sendo vendidos a preços inacreditáveis R$10,00, R$20,00 (ai vejo que são comerciantes mesmo).
Muitos sem encarte, e até mesmo sem as realações, apenas vendem o som. Elevam o preço se gabando
em ser cd, qualidade maior. Mas não me venha com desculpas, o PUNK não se vende, não está a
venda, não tem preço. A troca hoje caiu em esquecimento, mas ainda resiste. A venda de
materiais da cultura PUNK, é feita a qualquer um que apreça com uma certa quantia de dinheiro,
sem uma minima troca de idéia sobre o que fala. de onde vem. E sempre acaba caindo na mão das
pessoas que não tem nada a ver, não tem nem mesmo uma opnião de que vem a ser o PUNK, está na
mão dele porque gostou, então comprou. E este material se perde, como um pedaço de papel sendo
sendo levado pelo vento em meio ao caos da cidade. É deprimente ver o PUNK sendo entregado
facilmente, se queres informação, troca de idéias, mostre-se interssado, corra atrás.
O PUNK não será entregue de mãos dadas.

Vocês querem viver o PUNK ou viver do PUNK?

PUNK NÃO SERÁ VENDIDO!!!!

sábado, 1 de novembro de 2014

Cultura Marginal zine

Liberdade de expressão

Dos guetos brota a arte.
A tinta ganha os muros e mãos
Habilidosas dão cores aos locais
Onde havia somente o concreto das construções,
Tudo muda através da vontade dx artista urbano.
O grafiteirx solitárix em seu conjunto de cores,
Faz acontecer uma viajem, levando para
Um mundo de cores e possibilidades.
Da sua visão nascem personagens
E historias que atingem seus
Pensamentos mesmo sem perceber.

Autor desconhecido ou desaparecido