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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

...vazio...

...fazia como de sempre, falava como de costume, movia-se como de habito....
....mas nada vibra dentro delx, daquela sepultura negra e vazia...
...que dia a dia fica mais funda e larga...
...a medida que as lavas no seu interior esfriam e se transformam em cinzas...
...evita agora ao maximo contato com outrxs...
...com a cabeça nas mãos, cônscio apenas de uma dor vaga e tão vasta...
...não consegue interessar-se por nada...
...há nele o instinto do animal que morre...
...arrasta-se para um lugar escuro e solitário e expira sem ruído...
...quando sente fúria, é uma fúria mecânica de uma tormenta insuportável...
...que ataca cegamente, como um cão feridx que morde sem ver a quem...
...não recebe consolo e nem o espera...
...o vazio aumenta...
...se esquece de tudo...
...o terror toma conta delx...
...forçando a agir e a falar instintivamente...
...sua carne acabará ultrapassando os limites do suportável e enlouquecerá e morrera...