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sexta-feira, 23 de março de 2018

Lugubre n°5 - Poezine

Nadismo e Danação:
Trago do nadismo as profundas razões do meu ceticismo/
Contra tu e contra tod@s algozes ferozes da vida a um só gole de absinto,/
Sinto, realmente sinto a ira, a fúria do não conformismo e nojo pela politica que se pratica./
Dizem que não posso, mas mesmo sem poder, acabo fazendo eu mesmo/
Você mesmx/ qualquer um mesmo... e realizo/
Pois, não existe acimas, que dirá a bajos nessa relação/
Por fim e na petulância de uma lamina fria que queima a alma/
Rasgo o peito sofrendo de tédio e amargura/
Desabito a fria gruta de onde saio e não volto, já que não desejo permanecer/
prossigo ao infinito que me encaminha ao descaminho, a iconoclastia.
E na malvada solidão ardente nos ciclos do inferno gemendo e trincando os dentes/
Diante de tua forma abismal, Dante! Dane-se o danado autor do caos...
Quem haverá de ter olhos pra ver palhaços sem graça/
Chorando lagrimas de chumbo nos cantos das calçadas.
                                                                                                       Dän JP

*Poezine 12 paginas, tamanho 1/2 A4... poesias/poemas sobre escuridão, pensamentos, imagens, auto cadáver, diferença, cumplicidade, humildade, medo, roleta russa, depressão, suicídio, escravidão, desejos, velhice, morte, ceticismo, lagrimas, conformismo, ruas, vícios...

Disponível para trocas, de quem faz pra quem faz!!
Faça tu mesmx ou morra!!!

quinta-feira, 15 de março de 2018

Casamento e amor - Emma Goldman (PDF)

Imagem relacionada
Os defensores da autoridade temem o advento da maternidade livre, com receio de que ela roube
suas vítimas. Quem combateria nas guerras? Quem geraria a riqueza? Quem faria o papel do
policial, do carcereiro, se a mulher se recusasse à reprodução indiscriminada de crianças? A raça, a
raça! – grita o rei, o presidente, o capitalista, o padre. A raça deve ser preservada, embora a mulher
degradada à mera máquina reprodutora — e a instituição do casamento é a nossa única válvula de
segurança contra o pernicioso despertar sexual da mulher. Mas em vão todos estes esforços
frenéticos para perpetuar um estado de sujeição. Em vão, também todos os éditos da Igreja, o
enlouquecido ataque dos governantes, em vão, até mesmo os braços da lei. A mulher já não quer
mais tomar parte na reprodução de uma raça de seres humanos doentis, débeis, decrépitos,
miseráveis, que não possuem nem a coragem nem a força moral para se libertarem de seus fardos de
pobreza e escravidão. Pelo contrário, ela deseja ter poucas crianças, mas crianças superiores,
geradas e criadas no amor e pela livre escolha; não por compulsão, como imputa o casamento.
Nossos falsos-moralistas ainda têm de aprender o profundo senso de responsabilidade com a criança
que o amor em liberdade despertou no seio da mulher. Seria melhor renunciar para sempre a glória
da maternidade do que dar à luz numa atmosfera onde só se pode respirar destruição e morte. E se
ela se torna mãe, é para dar à criança o mais profundo e o melhor que seu ser pode oferecer. Crescer
com a criança é seu mote; e ela sabe que somente desse modo é que pode ajudar a construir a
verdadeira masculinidade e feminilidade.
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terça-feira, 13 de março de 2018

Lugubre - poezine n°1

SEM PROGRESSO

Perdi esperança em seu progresso.
Tudo foi jogado fora.
O tempo como areia passou
Na brisa do ar
É como se muitos nascessem para serem
Sempre escravos...
Se reclamar...
Submissos,
Imóveis,
Intocáveis
puros,
Bestas
Conformados!
Sem progresso,
A humanidade
Caminha para a fossa!
O VENENO DA BELEZA

O veneno da beleza engana e ilude o olhar,
Mas atrás dessa face se vê a capacidade
De corroer e destruir.
A vaidade destrói o senso do útil
E faz seres reverenciarem o inútil!
O veneno do ser "belo" acaba com vidas
Inocentes e conscientes,
A se iludirem com seu acido corrosivo

*poezine split, 8 paginas, tamanho 1/2 A4... colagens e poesias/poemas sobre progresso, beleza, tempo, luta, pesadelos, igualdade, escravidão, moral, desgostos, viver, tragédia, sinceridade, padrões, sofrimento, luxo, lixo, tédio, normalidade....

Disponível para trocas, de quem faz pra quem faz!!

Faça tu mesmx ou morra!!!

segunda-feira, 5 de março de 2018

Minha outra desilusão na rússia - Emma Goldman

"A perseguição aos anarquistas em um país possuído e completamente controlado pelo Estado, como na Rússia, é quase impossível se viver sem a “misericórdia” do governo. No entanto, eu estava de-
terminada a tentar. Não aceitaria nada, nem mesmo rações de pão, das mãos tingidas com o sangue dos bravos marinheiros do Kronstadt. Felizmente, eu tinha algumas roupas que um amigo americano me dera; elas poderiam ser trocadas por mantimentos. Eu também havia recebido algum dinheiro de minha própria gente nos Estados Unidos. Isso me permitiria viver por algum tempo.
Em Moscou consegui um pequeno quarto, anteriormente ocupado pela filha de Piotr Kropotkin. A partir daquele dia eu vivi como milhares de outros russos, carregando água, cortando madeira, lavando e cozinhando, tudo no meu pequeno quarto. Mas eu me sentia mais livre e melhor por isso.
A nova política econômica transformou Moscou em um vasto mercado. O comércio se tornou a nova religião.
Lojas e armazéns brotavam da noite para o dia, misteriosamente a Rússia estava amontoada de guloseimas que não tinha visto há anos. Grandes quantidades de manteigas, queijo, e carne foram colocadas à venda; confeitos, frutas raras, e doces de toda variedade estavam à venda. No edifício Politburo uma das maiores confeitarias foi aberta. Homens, mulheres, e crianças com faces contraídas e olhos famintos paravam, olhando fixamente pelas janelas e discutindo o grande milagre: o que ontem era considerado uma odiosa ofensa, estava agora ostentado na frente deles de uma maneira aberta e legal. Eu ouvi por acaso um soldado Vermelho dizer:
“É para isso que fizemos a revolução? Para isso que nossos companheiros tiveram que morrer?” O slogan, “Roube os ladrões”, havia se transformado agora em “Respeite os ladrões”, e mais uma vez foi proclamada a santidade da propriedade privada."

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*Emma Goldman, russa, anarquista e feminista, chegou nos Estados Unidos
com a irmã indo trabalhar como operária têxtil. Em pouco tempo tornou-se uma
militante combativa juntamente com seu companheiro Alexandre Berkman o
que lhe valeu alguns encarceramentos, um deles por ensinar publicamente o uso
de contraceptivos.

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domingo, 4 de março de 2018

Casa das Mariposas - zine conto

“um lugar em qualquer lugar”
“Existe uma outra ilustração para a Teoria do Caos. Esta diz que o repouso das asas de uma mariposa pode vir a significar uma ocupação bem-sucedida no outro lado do globo.” 

Finalmente está pronta mais esta produção! Foram muitos quilômetros percorridos, literalmente! E infelizmente não saiu com todo o conteúdo que eu realmente queria explanar. Não há uma cena conseqüente que a meu ver não merecesse extensão. Pois todos os temas e personagens merecem. Gosto de detalhes, de expressões, de realismo! Porém isto fica inviável quando se tem uma impaciência para publicação e quando não se tem recursos para copiar produções quilométricas . Ora, algum dia lançarei uma versão estendida como em um dvd. 
Este não é um conto sobre um alguém ou uma cena especifica. Qualquer semelhança é uma semelhança com a coincidência inexistente da relatividade da causa e conseqüência do efeito mariposa. Ah, a teoria do caos é mesmo caótica demais para fazerem-se exaltações ou execuções empíricas! O importante aqui não é criar um estereótipo de indivíduo ou movimento libertário, não é de se aprofundar de só descer o pau a criticar. É sim um registro de aspectos de personalidades que vêm se perpetuando em diferentes realidades e localidades de personagens possivelmente reais, que aqui são ocupas de um squat. E este é só um pano de fundo dessa novela literária marginal. 
É triste perceber o quanto o mundo tem se degradado graças ao humano. E com ele, logicamente nós, Movimento. É lamentável ver que reproduzimos coisas que abominamos. É lastimável e paradoxal perceber o quão é difícil manter uma postura coerente. Mas... coerente a quê? Se a tal repetição de guerra, ódio, miséria e desgraças extremas nós só vivemos em zines e em letras de música? Até porque não conseguiríamos conviver com esta idéia em nossas mentes constantemente. Os molotovs hoje são só desenhos! Os anos oitenta se foram! Nossos salários são federais, usamos celulares, cartões bancários e Microsoft... Vivemos numa repressão maquiada pela alienação e o ego fala e expressa mais alto. Somos primeiramente coerentes com nosso prazer. E é isso que às vezes atravessa a barreira do respeito e espaço alheio. Mesmo dentro de grupos e convivências libertárias. Não se pode confiar em ninguém! 
A seguir verás cenas que, sabes, acontece, ou aconteceram em algum lugar qual já tenha ouvido falar ou vivenciado. E temos permitido isso! Por pretexto de nosso maior benefício irrefutável: a liberdade. Ah, você nunca ouviu, viu ou sentiu nada de tais coisas por ai? Bom pra você! Mas verás agora. Se achar ruim melhor ainda. Se a ferida doer, pode me chamar que eu arranco a casca com uma gilete e jogo o vinagre! Um cigarro, um copo de rum e boa leitura!


FODAM-SE os direitos autorais: Acreditamos que qualquer expressão que
sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o pensamento humano é um
bem comum. Portanto não deve ser considerada uma propriedade privada.
Este trabalho pode ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não
vise 
a produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar,
expressar e sentir! Viva a livre poesia!!! CITE A FONTE
Contatos: lux.alt@gmail.com ou http://luxalt.blogspot.com

*zine conto 50 paginas, 6 "capitulos", tamanho 1/2 A4...
a versão do em pdf disponivel (aqui) no blog do autor é diferente em formato e nas artes, do zine que tenho em mãos, não cheguei a ler a versão em pdf pra ver se há diferenciação na parte escrita tbm...
excelente zine com esse conto urbano, inspirado na cultura punk/okupa/queer/libertaria, um dos melhores zines que tive em mãos recentemente!!!
quem tiver afim da cópia física, só entrar em contato, disponibilizo para trocas...